Deficiência de Proteína S

A proteína S é uma glicoproteína sérica, sintetizada pelo fígado, dependente da vitamina K, que age como co-fator da proteína C, a qual tem atividade anticoagulante. A deficiência de proteína S pode ser de origem hereditária, com padrão variado de alterações gênicas, ou adquirida.Várias doenças têm sido relacionadas à deficiência, tais como mieloma múltiplo, infecção por vírus HIV e da varicela, lúpus eritematoso sistêmico, síndrome nefrótica. Estados fisiológicos como a gravidez também podem diminuir os níveis plasmáticos de proteínaS, levando a estados trombóticos e causando aborto.

CLÍNICA

Os pacientes portadores de deficiência de proteína S costumam apresentar quadro clínico de trombose venosa ou arterial reincidentes, em pacientes jovens, sem fator predisponente ou em locais pouco comuns para a idade. As grávidas podem ter história de aborto de repetição, descolamento de placenta, óbito intra-útero e baixo peso para idade gestacional, todos relacionados aos múltiplos infartos placentários.

Em casos graves de deficiência de proteína S, crianças desenvolvem uma doença  chamada púrpura fulminante  logo após o nascimento. Púrpura fulminante é caracterizada pela formação de coágulos  dentro dos vasos  pequenos em todo o corpo. Estes coágulos sanguíneos interromper o fluxo de sangue normal e podem conduzir à morte. Coagulação sanguínea generalizada usa-se todas as proteínas do sangue disponíveis de coagulação. Como resultado, a hemorragia anormal ocorre em várias regiões do corpo e muitas vezes é visível como grandes lesões da pele de cor púrpura. Indivíduos que sobrevivem o período neonatal podem experimentar episódios recorrentes de púrpura fulminante.

DIAGNÓSTICO

Suspeita-se do diagnóstico de deficiência da proteína S pelas histórias de eventos tromboembólicos, história familiar ou história de interrupções abruptas de gravidez. A confirmação é feita através de dosagem sérica. A proteína S tem uma peculiar distribuição no plasma: 60% está complexada com a proteína de ligação C4b e é inativa; 40% está livre e ativa agindo como um cofator da proteína C ativada.

PROTEÍNA C FUNCIONAL

A proteína C exerce sua função inativando os fatores Va e VIIIa da cascata de coagulação. Este efeito anticoagulante regulador apresenta-se como mecanismo fisiológico anti-trombótico. Portando, a deficiência de proteína S, bem como da proteína C, são fatoresde risco para eventos tromboembólicos.

PESQUISAS ATUAIS

Pesquisas anteriores têm estudado como proteína C interage com o receptor de células endoteliais, e seu cofactor, proteína S, bem como o estudo da regulação genética do receptor, e como a sua expressão seja dirigida especificamente para as células endoteliais dos vasos grandes . Estudos atuais incluem projetos que focam a caracterização da função citoprotetora sinalização da proteína C activada é uma proteína anticoagulante natural que, em anos recentes, tem sido encontrado para transduzir sinais citoprotectores às células endoteliais.

Esta função de sinalização tem potencialmente importantes implicações terapêuticas para o tratamento de doentes com sepsia grave, ou que sofreram um acidente vascular cerebral. Outros interesses de investigação incluem anticoagulantes estrutura/função da proteína S em estudos e inibidor da via do fator tecidual e da importância fisiológica da função do anticoagulante.


14 comentários:

  1. help-me, tenho esta deficiência me diga como tenho que me cuidar,meu nome é sonia 46a

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    1. Boa Tarde!

      Pode ser necessária a administração de plasma fresco congelado para o tratamento inicial da purpura fulminante neonatal. Podem ser necessários procedimentos cirúrgicos para a excisão das lesões trombóticas. Os doentes com tromboses são tratados com terapia anticoagulante (heparina, varfarina). Deve prestar-se atenção ao risco de necrose cutânea induzida pela coumarina. O tratamento preventivo é indicado nos casos de forte história familiar de doenças trombóticas, durante o período periparto ou peri-operatório.

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  2. Meu sobrinho, 14 anos teve trombose venosa cerebral em outubro, a hemato q está investigando o caso dele verificou o proteina s e c muito baixas, ele tem um dor persistente no pescoço e ja fizemos o dopler e não tem trombo, pergunto: a baixa dessas proteinas podem causar alguma síndrome reumatológica ou vice versa? Obrigada

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    1. Há pesquisas que indicam a deficiência da proteína S e C como sintoma sugestivo de doenças reumáticas como primeira manifestação de doenças neoplásicas

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  3. Olá, ultimamente fiz um exame por causa de uma trombose venosa superficial e descobri que minha proteina C é um pouco abaixa do normal. Ultimamente ando tendo aparições de veias dilatas na perna novamente, e me considero novo e ativo fisicamente. Tenho 25 anos e não sei oque fazer, teria algo a ser feito? ou sempre terei historicos de coagulações ou flebite?

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    1. Boa tarde, nestes casos é indicado terapia anticoagulante

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  4. Tenho deficiência da proteína s ,homozigose e lipoproteina elevada ,em 2008 tive trombose arterial na perna,desde então faço uso constante de marevan 7.5 e vou tomar pro resto da vida. Minha trombose foi arterial.

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  5. Olá, tive trombose venosa profunda em março desse ano tratei com anticoagulante xarelto 15 mg e meias de compressão por 6 meses, passado esse tempo fiz o exame dopler e o coagulo sumiu, meu médico pediu exames de sangue pra investigar se tenho tendência genética e constou uma baixa em proteína S funcional de 39%, os valores normais são de 70% a 120%, vou levar o resultado para o doutor, mas gostaria de saber mais sobre quais tratamentos podem ser feitos...

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  6. Oi, boa tarde! Sou mulher, tenho 21 anos e sem nenhuma clínica minha GO me solicitou exames de pesquisa de trombofilia (creio que pelo uso do anticoncepcional, porém não possuo histórico familiar de trombose). Todos deram normais, com exceção da proteína S funcional, que deu 49 (VR: 63-149). Repeti o exame 2 meses depois, e o resultado dessa vez foi 41. O que isso pode significar?

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    1. A deficiência de proteína S normalmente tem fator hereditário, o que significa que seu pai ou sua mãe possui o mesmo problema. Essa deficiência faz com que o paciente tenha uma predisposição para trombose venosa, uma vez que a proteína S tem atividade anticoagulante

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  7. Boa tarde. Como é o nome do exame pra saber se tem deficiencia da proteina S?

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  8. Estou gravida e descobri agora com 29 semans que tenho a deficiência da proteina s já estou com trombofilia?
    Preciso usar as injeções ou não?

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  9. Olá, Boa tarde.
    Meu filho com apenas 6 dias de vida e após receber uma dosagem de soro glicosado que fez sua glicemia chegar chegar 420 teve várias crises convulsivas, parada cardioredpiratoria dando entrada na uti neo onde ficou internado por 35 dias.
    Inicialmenteapos sua estabilização foi feita uma tc por conta e parada cardioredpiratoria e então uma angio apontando trombose venosa cerebral.

    Gostaria de saber se a convulsão e a parada cardiorrespiratória seria consequência da trombose, ou se serviram como gatilhos para a trombose? Seria possível a hiperglicemia desencadear a trombose?

    Hoje ele está com 3 meses,utilizando enox em casa de 12 /12 hrs. Está sendo feito uma série de exames pra investigar a origem da trombose.


    Grata

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