PNEUMONIA


O QUE É A DOENÇA?

A pneumonia é uma doença inflamatória aguda causada por micro-organismos (vírus, bactérias ou fungos) ou pela inalação de produtos tóxicos que comprometem os espaços aéreos dos pulmões. Quando a contaminação ocorre fora do ambiente hospitalar, ela é chamada “pneumonia comunitária”. Quando a pneumonia acomete pessoas hospitalizadas ou que estiveram hospitalizadas por dois ou mais dias nos três meses precedentes, ela é chamada “pneumonia hospitalar”, que costuma ser mais grave, já que o agente etiológico provavelmente é resistente aos antibióticos usuais. A gravidade da pneumonia depende, principalmente, da patogenicidade do agente causador e das condições clínicas do doente. Dois exemplos da doença que costumam ser graves são: a pneumonia por aspiração e a pneumonia química. A primeira é comum em pacientes com nível de consciência reduzido, o que compromete o reflexo da tosse ou a capacidade de engolir a própria saliva, o que acarreta na aspiração de secreções da cavidade oral, expondo os pulmões a uma quantidade de micro-organismos maior que a habitual, o que pode levar ao desenvolvimento da doença. Também é comum em pessoas em coma ou pré-coma alcoólico. A pneumonia química é decorrente da inalação de fumaça em altas temperaturas, o que geralmente ocorre durante incêndios. Os gases tóxicos e outras partículas na fumaça aspirada agem diretamente sobre as células que constituem o revestimento pulmonar, ocasionando um processo inflamatório.

AGENTES CAUSADORES

Os principais agentes causadores da enfermidade são as bactérias Streptococcus pneumoniae (também conhecida como pneumococo) e Mycoplasma pneumoniae, e o vírus Haemophilus influenzae. A doença também pode ser desencadeada por alguns tipos de fungos e de protozoários. A pneumonia pode ser adquirida pelo ar, saliva, secreções, transfusão de sangue ou mudanças bruscas de temperatura, que comprometem o funcionamento dos cílios responsáveis pela filtragem do ar aspirado, o que acarreta em uma maior exposição aos micro-organismos causadores.

SINTOMAS

Os sintomas mais comuns são tosse com secreções (pode haver sangue misturado), febre alta (que pode chegar a 40°C), calafrios e falta de ar ou dor torácica durante a respiração.

DIAGNÓSTICO

O diagnóstico é feito basicamente a partir do histórico do paciente, de exames clínicos e de raios-x do tórax. Outros exames complementares podem ser necessários para identificar o agente causador da doença.

TRATAMENTO

O tratamento depende do micro-organismo causador da enfermidade. Quando não é tratada, a pneumonia pode evoluir para um quadro mais grave, podendo levar a morte do paciente. Nos casos de pneumonias causadas por bactérias, os antibióticos são os medicamentos mais indicados. A penicilina já foi a droga mais difundida no tratamento das chamadas pneumonias comunitárias, mas a resistência das bactérias ao medicamento tem demandado a adição de novos antibióticos para complementar as terapias já utilizadas. Atualmente, para o combate no tratamento dessas pneumonias, que comprometem pessoas previamente saudáveis, recomenda-se o uso de macrolídeos (amoxacilina, azitromicina ou claritromicina). A resistência dos pneumococos a antimicrobianos é um grave e crescente problema em todo o mundo por comprometer a eficácia terapêutica, o que aumenta a importância da prevenção da doença via vacinação.

PREVENÇÃO

As principais formas de prevenção da doença são recomendações simples, como lavar as mãos, não fumar e evitar aglomerações. Atualmente, existem vacinas disponíveis para a pneumonia pneumocócica, que, mesmo não sendo capazes de prevenir todos os casos de pneumonia, podem evitar as formas mais graves. Segundo o Ministério da Saúde (MS), vacinação contra a gripe (vírus influenza A ou H1N1) pode reduzir entre 32% a 45% o número de hospitalizações por pneumonias e de 39% a 75% a mortalidade global pela doença. Com base em estudos epidemiológicos e na observação do comportamento das infecções respiratórias que têm como principal agente o vírus da gripe, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que alguns grupos mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias sejam vacinados, como as gestantes, mulheres com até 45 dias após o parto, crianças de seis meses a um ano, profissionais da saúde, doentes crônicos, pessoas privadas de liberdade e com 60 anos ou mais. No que se trata dos idosos, a vacinação contra a gripe pode reduzir o risco de pneumonia em aproximadamente 60%, e o risco global de hospitalização e morte em cerca de 50% a 68%, respectivamente.

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