Coccidioides immitis
O coccidioides é um fungo dimórfico atípico. Na natureza e em cultura assume forma de micélios típicos com hifas, mas no homem em vez de adaptar-se como levedura, assume formas atípicas esféricas, as esferulas, cheias de dezenas de endósporos (até 100).
Epidemiologia
A coccidioidomicose existe primariamente nos Estados Unidos, nos estados do Oeste (principalmente California, Texas, Utah, Novo México, Arizona e Nevada). Contudo também há alguns casos noutros países da América, como México, Argentina e Brasil.
A infecção é pela inalação de esporos infecciosos presentes no solo seco, pessoas com SIDA/AIDS ou imunossupressão também podem desenvolver a doença, a coccidioidomicose pode atacar pessoas com Diabetes Mellitus, porém pessoas com imunossupressão, HIV/AIDS ou pessoas diabéticas correm o risco de infecção severa e morte.
Progressão e sintomas
Após inalação dos esporos, as esférulas multiplicam-se nos pulmões. Na maioria dos casos (60%) a infecção é assintomática e o sistema imunitário destroi o invasor e limita a sua disseminação pela formação de granulomas, mas numa minoria há sintomas de pneumonia, com febre, suores, tosse e expectoração e falta de ar. Em 5% poderá surgir pneumonia crónica semelhante à da tuberculose, enquanto menos de 1%, principalmente os imunodeprimidos e idosos, podem desenvolver manifestações sistémicas após disseminação por via hematogênica do fungo, com formação de granulomas que resultam em ulcerações da pele e dores de articulações (Reumatismo do deserto) e ossos.
Diagnóstico e tratamento
A expectoração é observada ao microscópio, mas a cultura pode ser necessária para a identificação.
O tratamento é com o fármaco antifúngico anfotericina B. Também podem ser usados os derivados do azol, como fluconazol.
Nenhum comentário:
Postar um comentário