A escarlatina é uma doença infecciosa e contagiosa aguda causada pela bactéria Streptococcus pyogenes. Atinge principalmente as crianças, sendo facilmente tratável com antibióticos. A escarlatina é quase sempre uma complicação da amigdalite/faringite estreptocócica, surgindo geralmente nos primeiros 2 dias após os primeiros sintomas.
CAUSA
O Streptococcus pyogenes é um estreptococo beta hemolítico do grupo A. Estreptococos são grupos de bactérias esféricas comuns em todo o mundo que podem causar infecções da garganta (amigdalites e faringites) e da pele (como impetigo e erisipela).
SINAIS E SINTOMAS
As pessoas infectadas pelo agente podem desenvolver:
- Palidez seguida de descamação e vermelhidão na pele e da língua;
- Pequenos pontos vermelhos no fundo do céu da boca (Manchas de Forschheimer);
- Febre baixa (38°C);
- Dores de garganta;
- Dificuldade em deglutir alimentos (disfagia);
Caracteriza-se por eritema (vermelhidão cutânea) — que se espalha a partir de um ponto no corpo, sem atingimento palmar das mãos e pés, e da região peri-bucal (em torno da boca). Em alguns casos a língua fica com pequenas vesiculas.
TRANSMISSÃO
A sua transmissão acontece por gotículas de saliva ou outras secreções infectadas que são expelidos por via nasal, tosse, espirros e pela respiração ou ainda através do contacto com vestuário e objectos contaminados.
EPIDEMIOLOGIA
É mais comum em crianças em idade escolar, de 2 a 10 anos, durante o Outono e a Primavera.
TRATAMENTO
O tratamento recorre à administração de antibióticos, sendo a penicilina o fármaco de primeira linha. Os sintomas costumam diminuir com um a dois dias de terapeutica antibiotica. Além da penicilina outras opções incluem eritromicina, azitromicina e amoxicilina.
Antes da descoberta dos antibióticos era uma causa frequente de morte em crianças, pois quando não é tratada adequadamente, pode causar hemorragias gástricas, esplénicas e intestinais. Também existe possibilidade de ocorrerem convulsões, nefrite, otite, poliartralgias e problemas cardiovasculares.
PREVENÇÃO
Pessoas infectadas devem permanecer em casa, com talheres e objectos de higiene não partilhados, por pelo menos 24h depois de medicados com antibióticos e após o desaparecimento dos sintomas.
A vacina específica foi pouco eficiente e cara. A eficiência do tratamento antibiótico garantiu uma mortalidade próxima a zero.
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