Síndrome de Taquicardia Postural Ortostática

A  Síndrome  de  taquicardia  postural  ortostática  (POTS)  consiste  numa  resposta  anormal  do sistema  nervoso autónomo  como  consequência  ao  levantar.  Apesar  de  os  sintomas  serem semelhantes  aos  experienciados  por pessoas com pressão sanguínea baixa, na POTS não ocorre redução da pressão arterial. A POTS é mais comum em mulheres com idades entre os 13 e 50 anos.


CAUSAS

A  causa  da  POTS  é  desconhecida.  Por  vezes,  uma  infeção  viral  recente  ocorre  antes  do aparecimento  dos sintomas.  Muitos  pacientes  permanecem  sem  diagnóstico  porque  a  gravidade altera-se  e  a  perturbação  pode ser confundida com outras condições.

Os  pacientes  podem  também  experienciar  hipovolemia  ou  uma  redução  do  volume  plasmático devido  à acumulação de sangue no abdomen e pernas.

Alguns fatores que podem causar ou agravar a POTS incluem:
   •    Calor excessivo;
   •    Altura após as refeições;
   •    Levantar rapidamente;
   •    Desidratação;
   •    Altura do dia;
   •    Período menstrual;
   •    Repouso na cama prolongado;
   •    Álcool;
   •    Exercício excessivo inapropriado;
   •    Temporariamente durante doença ou após operações.

SINTOMAS

   •    Tonturas ou sensação de desmaio;
   •    Desmaio;
   •    Palpitações;
   •    Cefaleias;
   •    Turvação mental;
   •    Cansaço;
   •    Sensação de ansiedade;
   •    Tremores;
   •    Problemas visuais;
   •    Problemas intestinais;
   •    Sudação;
   •    Dor torácica;
   •    Falta de sono;
   •    Descoloração da pele arroxeada devido à acumulação de sangue nas mãos e pés;
   •    Problemas urinários.

DIAGNÓSTICO

Para ser diagnosticado com POTS, um paciente deve experienciar o seguinte:
  • Conjunto de sintomas na posição vertical que são aliviados ao deitar;
  •  Estes  sintomas  devem  ser  associados  com  um  ritmo  cardíaco  anormalmente  elevado  e  aumento persistente de 30 batimentos por minuto, em 10 minutos de estar de pé.
Os  seguintes  testes  podem  ser  usados  para  confirmar  o  diagnóstico  ou  excluir  outras condições  com  sintomas semelhantes:

      •  Teste posição ativa:  o  paciente descansa  deitado e 10 minutos após levantar  é medido o valor da pressão sanguínea; 

      •  Teste de inclinação: a pressão sanguínea é medida em diferentes ângulos de inclinação;

      •  Outros  testes:  pode  incluir  eletrocardiograma,  monitorização  da  pressão  cardíaca  a  24  horas,  análise sanguínea, ecocardiograma, prova de esforço, teste de rastreio autonômico.

TRATAMENTO

As alterações do estilo de vida podem ser o necessário para controlar os sintomas.
   •  É  aconselhada a  ingestão  de cerca  de 2-3  litros  de fluidos  por dia para aumentar  o volume  de sangue;  em caso  de  emergência,  a  ingestão  rápida  de  dois  copos  de  água  pode  rapidamente  elevar  a  pressão  sanguínea  e baixar o ritmo cardíaco;
   •  O álcool pode piorar os sintomas, bem como a cafeína;
   •  Pode ser recomendada uma dieta rica em sal;
   •  Evitar alimentos ricos em açúcares e farinha branca;
   •  Ingerir bastantes vegetais, frutas, feijões e grãos;
   •  Reconhecer sinais precoces de desmaio, tontura e náusea; aos primeiros sinais deitar e se possível elevar as pernas;
   •  O uso de meias de compressão permite o aumento da pressão arterial;
   •  Vestir várias camadas de roupa permite evitar o sobreaquecimento;
   •  Exercícios ligeiros a moderados ajudam a melhorar a condição pelo menos 3 vezes por semana;
   •  Elevar a cabeça durante o sono é recomendado para aumentar o volume de sangue;
   •  Programar atividades para o final do dia, uma vez que os sintomas são mais graves durante a manhã;
   •  Beber um copo de água antes e outro depois de tomar banho; evitar usar água muito quente;
   •  Terapia cognitiva comportamental;
   •  A condução deve ser evitada em caso de condições que ponham em causa a segurança;
   •  Comer e beber regularmente; tentar não permanecer muito tempo na mesma posição;

Quando  as  alterações  do  estilo  de  vida  são  insuficientes  para  controlar  os  sintomas,  a medicação  pode  ser recomendada,  e  pode  incluir  bloqueadores-beta,  hidrocortisona, desmopressina,  midodrina,  ivabradina, antidepressivos  inibidores  seletivos  da  recaptação  de serotonina,  pelos  seus  efeitos  no  sistema  nervoso autónomo.

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